Não. O animal retratado na figura costuma ser, muitas vezes confundido com uma aranha, mas, na verdade, trata-se de um opilião. Apesar de também ser um aracnídeo, semelhante às conhecidas aranhas, esse artrópode diverge delas em certos aspectos, como, por exemplo, na questão da tagmatização, visto que possui o cefalotórax e o abdome difundidos em uma só estrutura, diferentemente destas. Quatro pares de longas pernas estão inseridos nessa região, porém o segundo par, mais alongado, possui função tátil, funcionando assim como antenas (pata anteniforme), o que constitui outra diferença.
Os opiliões possuem hábitos noturnos e são muito comuns na Mata Atlântica, onde servem de alimento para anfíbios anuros, formigas, grilos, vespas e, ainda, outras espécies de opilião. Para se defender contra seus predadores, o animal é capaz de liberar uma substância amarela malcheirosa, com o propósito de repeli-los. Outra técnica consiste em soltar uma de suas pernas para escaparem ou distraírem seus predadores (autotomia de pernas). Além disso, podem se fingir de mortos (tanatose).
Costumam atacar seus adversários com seus palpos ou espinhos (presentes em suas pernas) e beliscando com o auxílio de suas quelíceras. Se alimentam, geralmente de pequenos invertebrados, seiva vegetal ou seres vivos em decomposição.
Uma de suas semelhanças com as aranhas é a digestão extracorpórea.
Um fato curioso em relação a esses diferentes animais é, com certeza, o costume que o macho e a fêmea têm de cuidar de seus ovos por tempo integral, podendo passar, até mesmo, um mês sobre eles deixando de lado sua própria alimentação. É um exemplo de dedicação...
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